terça-feira, 4 de abril de 2017

Como seria a vida fora do trabalho?

Qual seria sua principal atividade se já tivesse um patrimônio suficiente para, apenas com os rendimentos, suprir todas as necessidades básicas de sua família, como alimentação, saúde, moradia e educação?*


  • Continuaria trabalhando, para ter dinheiro para viajar ou frequentar bons restaurantes

  • Dedicaria a vida a trabalhos voluntários, para melhorar a vida de outras pessoas

  • Buscaria imersão em atividades relacionadas à arte

  • Escolheria descanso e ócio

  • Focaria na esfera espiritual

  • Estudaria a fundo um ou mais temas de interesse

  • Preferiria diversões de baixo custo, como TV, internet, passear pela cidade, atividades físicas




* isso pode ser possível, por exemplo, se você tiver um patrimônio livre de 400 vezes seus gastos mensais

segunda-feira, 3 de abril de 2017

O sentido da vida segundo Tim Ferris

Fonte: Trabalhe 4 horas por semana, p. 322

Essas dúvidas [sobre a decisão de sair da engrenagem] invadem a mente quando não há nada a ocupá-la. Pense em uma hora em que você se sinta 100% vivo e concentrado. É provável que seja uma hora em que você tenha estado completamente focado em algo externo: algo ou alguém. Esporte e sexo são dois grandes exemplos. Faltando um foco externo, a mente volta-se para si mesma e cria problemas para serem resolvidos, mesmo que os problemas sejam indefinidos ou desimportantes. Se você encontrar um foco, um objetivo ambicioso que pareça impossível e force você a crescer (experiência máxima da hierarquia das necessidades de Maslow), essas dúvidas desaparecem.

No processo de procurar um novo foco, é praticamente inevitável que as “grandes” questões apareçam. Há uma pressão onipresente dos pseudofilósofos para deixar de lado o impertinente e responder ao eterno. Dois exemplos populares são “qual o sentido da vida?” e “qual é o ponto disso tudo?”.

Há muitas outras, das mais introspectivas às ontológicas, mas tenho uma resposta para praticamente todas elas – simplesmente não respondê-las.

Não sou niilista. Na verdade, passei mais de uma década investigando a mente e o conceito de sentido, uma busca que me levou dos laboratórios de neurociência das melhores universidades a instituições religiosas mundo afora. A conclusão, depois de tudo, é surpreendente.

Estou 100% convicto de que a maior parte das grandes questões que nos sentimos compelidos a enfrentar – legadas através de séculos de pensar excessivamente e traduções ruins – usam termos tão indefinidos que tentar respondê-las é uma completa perda de tempo. Isto não é deprimente. É libertador.

Pense na pergunta das perguntas: Qual é o sentido da vida?

Se pressionado, tenho apenas uma resposta: é o estado característico ou a condição de um organismo vivo. “Mas isso é apenas uma definição”, retrucará quem perguntou, “não é isso que eu quero dizer.” O que você quer dizer, então? Até que a pergunta esteja clara – cada termo nela bem definido -, não há por que respondê-la. A pergunta sobre o “sentido” da “vida” é irrespondível sem uma elaboração posterior.

Antes de gastar tempo em uma pergunta estressante, grande, ou qualquer outra coisa, garanta que a resposta para as duas perguntas a seguir seja “sim”:

1. Defini um único significado para cada termo nesta pergunta?
2. Uma resposta para esta pergunta pode ser posta em prática para melhorar as coisas?

“Qual o sentido da vida?” falha em ambas as perguntas. Questões sobre coisas além de sua esfera de influência – como “E se o trem atrasar amanhã?” – falham na segunda e, por isso, merecem ser ignoradas. Se você não puder definir ou não puder agir, esqueça. Se você aprender apenas isso com este livro, você estará entre o 1% mais realizador no mundo e manterá a maior parte do estresse filosófico para fora de sua vida.

Afiar sua caixa mental de ferramentas práticas e lógicas não significa se tornar um ateu ou agnóstico. É não ser burro e não ser superficial. É ser inteligente e direcionar os seus esforços para onde possam fazer a diferença para você e para os outros.