por Alberto Ronconi
Para os cristãos é buscar uma vida de sacrifício e sofrimento, que resultará na felicidade após a morte.
Para os existencialistas a vida ainda não tem sentido, e cada um precisa criar um para si mesmo.
Para os ateus é acumular conhecimentos e memórias que desaparecerão com o tempo (num instante, na escala de tempo cósmica).
Para os niilistas não há sentido no caos e no absurdo.
Para os espíritas é dedicar-se integralmente a ajudar aos outros.
Para alguns orientais é desprender-se de qualquer prazer dos sentidos.
Para os que praticam Logosofia é evoluir em direção à perfeição e tornar-se um servidor da humanidade.
Para muitos é criar bem seus filhos.
Para outros tantos é destacar-se da multidão anônima, obtendo sucesso profissional ou artístico, ou quebrando algum recorde.
Para ainda outros, é construir condições para uma aposentadoria tranquila.
Para alguns vaidosos, é cravar seu nome na história.
Para os consumistas é adquirir bens e experiências.
Para os errantes é estar sempre em trânsito.
Para os amantes da rotina e os inseguros é viver cada dia com a mesma certeza do nascer do sol.
Para os dependentes essa pergunta não faz sentido, só o que importa é o agora: satisfazer o vício.
Penso neste assunto com frequência, e certamente meu conceito vai mudando com o tempo. Para mim o sentido da vida é trabalhar. Trabalhar incansavelmente, permanentemente, de forma vitalícia. Mas não para uma corporação, associação ou burocracia. E sim pelo aperfeiçoamento, o próprio e o da humanidade. É só com o trabalho intenso que o descanso é prazeroso. É só com ele que há assunto verdadeiro no relacionamento com outras pessoas, tornando a convivência extremamente agradável.
Outras relações de possíveis sentidos para a vida:
- artigo da Wikipedia (na versão inglesa muito mais completo e rigoroso)
- livro de Julian Baggini, Para que serve tudo isso?
- enciclopédia filosófica de Stanford
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