por Alberto Ronconi
Se tudo acaba com a morte, vivemos de um jeito X. Se teremos outras encarnações, vivemos de um jeito Y.
Mas como são os jeitos X e Y? Envolvem aproveitar o dia, ter prazer com as experiências novas, buscar conhecimentos, realizar obras.
Não parece haver uma diferença radical entre eles. Isso significa que não faz diferença se continuaremos após a morte física ou não, e não vale a pena dedicar parte importante da vida se preocupando com isso?
Se nossa vida é eterna, podemos vencer a inveja, o egoísmo, a infelicidade causada por problemas insolúveis, e outros, por meio de grandes projetos, que serão executados gradualmente e trarão resultados sólidos e perfeitos, mas talvez só sejam concluídos séculos adiante. Se tudo acaba com a morte, o ideal mesmo seria vencer essas deficiências psicológicas hoje mesmo, para aproveitar com mais plenitude o tempo que resta, sem carregar essas bolas de ferro que talvez nem façam sentido.
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