Quanto tempo temos
para corrigir nossas maiores deficiências psicológicas, aquelas que nos
acompanham desde criança e que nos impedem de desabrocharmos?
Se há vida após a morte, podemos nos dar ao luxo de
trabalhar minuciosamente cada característica negativa, atuando em todas
as suas ramificações, de forma a vencê-la definitivamente. Por exemplo,
podemos dedicar 10 anos para o egoísmo, 10 para a timidez e 10 para a
falta de foco. Assim na outra vida resolveremos os problemas restantes,
até que num tempo remoto para a frente estaremos livres para amar,
criar e compreender o mundo como seres evoluídos.
Se não há vida após a morte, não há tempo a perder. É
necessário trabalhar em todas as frentes ao mesmo tempo, minimizando a
influência das deficiências de forma expressa e pragmática. O importante
seria amar, criar e compreender o mundo desde já, com as ferramentas
que temos, ainda que de forma incompleta. Feliz daquele que conseguir,
aos trancos e barrancos, mesmo com a ajuda de macetes e atalhos,
avançar o máximo possível no tempo que possui.
Não é possível deixar de registrar uma possibilidade
muito interessante. Vai que viveremos após a morte, mas as coisas fora
feitas para não termos consciência de tal fato, de forma a buscarmos
aproveitar todo o tempo possível em prol do próprio aperfeiçoamento, sem as costumeiras postergações
típicas do tempo de sobra?
Nenhum comentário:
Postar um comentário