por Alberto Ronconi
Faz sentido alguém se preocupar com a razão da própria existência? É um assunto que consome muitíssimo tempo para ser estudado e analisado, com o agravante de provavelmente não se chegar a uma conclusão definitiva. Será que procurar o sentido da vida não é uma perda de tempo que impede de viver realmente?
É digno de nota que nos interessamos mais pelo assunto nos momentos difíceis. Se estamos felizes e ativos e tudo vai bem, parece que não há essa disposição natural em pensar no porquê das coisas. Mas quando algo nos angustia, quando nos deparamos com o sofrimento, naturalmente vêm à tona indagações a respeito da nossa existência. A melancolia é um ímã que atrai a busca pelo sentido da vida. Resta saber se isso é bom ou ruim, real ou um engodo.
Os momentos de euforia atuam como psicotrópicos que nublam nossa visão para o que realmente importa? Ou a tristeza tem como efeito colateral crises existenciais que, tal como uma indisposição, passam naturalmente conforme voltamos ao normal?
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