por Alberto Ronconi
Se Deus não nos criou, e somos mero subproduto da especialização da
matéria bruta, nossas vidas não têm um sentido pré-determinado. Alguns
darão algum significado (profundo ou não, conscientemente ou não) para
as suas, outros a considerarão um absurdo, outros serão niilistas, e a maioria nunca se preocupará seriamente com a questão. Cada
um será livre para definir se sua vida tem sentido e determinar qual
seria ele.
Se Deus nos criou, pode ter nos dado alguma missão específica
enquanto seres humanos, ou nos deixado desenvolver por nós mesmos, rumo
ao limite de nossa vontade individual. Independente de qual é a verdade,
não nos é óbvio o sentido de nossas vidas. Inúmeros pensadores honestos
chegaram a conclusões diferentes e incompatíveis entre si; nunca houve
uma resposta definitiva. Isso significa ao menos que Deus não deixou
claro o que devemos fazer de nossas vidas, e é natural que muito se
percorra até que se espere chegar a alguma solução para o problema.
Então as tentativas sinceras e que respeitem a moral elementar vigente
não podem ser tolhidas. Rumo a uma vida verdadeiramente bem vivida, os
experimentadores de hoje podem tomar rotas erradas ou sem saída, que se
espera sejam evitadas pelos do futuro, os quais darão continuidade a
nossas buscas desde o ponto que formos capazes de atingir.
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