por Alberto Ronconi
E se o sentido da vida não for apreciar o prazer das sensações, nem
galgar novos patamares de sabedoria, nem experimentar o orgulho de um
grande feito, nem se dedicar à profundidade das amizades, nem sentir a
alegria de fazer o bem genuíno aos outros, nem viver um grande amor?
Todas essas filosofias de vida, se aplicadas com exclusividade, podem
deixar uma grande sensação de vazio em quem as utilizar.
O ser humano se cansa rápido de um estilo de vida, e pior, sempre dá
muito valor para aquilo que está deixando de lado. Para o hedonista não
fica uma curiosidade de experimentar como é possuir erudição e
conhecimentos profundos? O altruísta não tem a sensação de que um amor
recíproco seria uma experiência plena e extraordinária?
Quem movimentar de forma completa e harmônica todas as engrenagens
que dão sentido à vida pode acabar descobrindo que elas não cumprem sua
função sozinhas, mas juntas se coordenam em prol do todo. O especialista
em uma área do bem viver carece da visão do todo, intrinsecamente
relacionada à busca por um sentido.
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