sábado, 31 de dezembro de 2011

Hobbies e a dedicação ao estudo da Natureza

por Alberto Ronconi


Algumas pessoas de repente descobrem o hobby com que se identificam. Muitas vezes demora, mas quando elas descobrem, dizem que "se encontraram", passam o dia pensando naquilo, falam dele com entusiasmo para os outros, e não raro ficam mais animadas e bem dispostas em todas as atividades diárias.

Mas esses passatempos, em que a dedicação não é remunerada (e inclusive podem custar caro), vão tomando um tempo crescente da pessoa. Pode ser tocar um instrumento, praticar um esporte como o triatlon, construir aeromodelos, cultivar bonsais - para adquirir níveis crescentes de maestria é necessário uma aplicação cada vez maior de energia e tempo, ainda mais quando se começa a participar de competições entre amadores.

Somado à atividade profissional, o hobby acaba por consumir toda a disposição da pessoa, de forma que não sobra espaço para um estudo aprofundado da Natureza, aqui entendida como o si mesmo mais o mundo como um todo.

Será que pelo fato da pessoa sentir-se realizada esse estudo pode ser ignorado, e deixado para aqueles que o tenham como hobby? Ou será que com essa sensação de plenitude, vontade de superar limites, e felicidade ao atingir seus objetivos, os hobbistas apenas desviam sua atenção de um assunto que deveria ser o foco de todos?

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