quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O sentido na base da pirâmide de Maslow

por Alberto Ronconi


Como seria fácil se eu soubesse que o sentido da vida é fazer algum grande sacrifício, como por exemplo cruzar o país a pé, ou passar anos comendo alpiste, ou a privação de momentos de diversão.

Bastaria realizar essa intensa provação para ter a sensação de ter vivido uma vida completa, com significado, no limite das possibilidades. Haveria grande motivação para suportar o sacrifício, pois sempre se poderia mirar no objetivo final, que é realizar a missão de uma vida, justificar os sofrimentos do mundo.

Mas os que passam por estas experiências com a finalidade de darem uma razão para sua existência parecem não receber muito em troca, podendo acabar em desvantagem em relação a quem não perseguiu a dificuldade como modo de vida.

Posso querer cruzar o deserto, ou as geleiras, ou viver numa caverna, passando pelas maiores privações e condições insalubres, que terei perdido tempo, mas não terei só por isso obtido a ansiada autorrealização.

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